SEU FILHO É OBEDIENTE????




Meu filho é desobediente?

É possível que você se queixe com freqüência de que seu filho seja desobediente se:
Ele não lhe escuta quando você pede algo.
Não quer se deitar.
Briga continuamente com seus irmãos.
Responde mau.
Não estuda na hora conveniente.
Não arruma seu quarto.
Discute quando lhe encarregam de algo.
Poderíamos afirmar que seu filho atua de forma desobediente quando:
Ele se nega a iniciar ou completar uma ordem em um prazo determinado de tempo.
Se nega a interromper uma conduta quando você lhe pede.
Não respeita uma norma ou costume estabelecido.
Leva a cabo explicitamente aquilo que se proibiu.
Entretanto, também há caso em que, ainda que seu filho cumpra suas ordens, ele não mostra sinais de obediência. Como, por exemplo, quando:
Cumpre com suas exigências de forma rotineira, mas não se estabelece a fazer bem as coisas.
Faz estritamente o que se pede aplicando a "lei do mínimo esforço", por exemplo, coloca a roupa no armário mas deixando-a de forma toda enrolada.
Obedece resmungando, e com cara feia.
Diz que vai cumprir, mas, na realidade, não o faz.
Procura todo o tipo de desculpas para não obedecer:
Discute com você sobre as ordens e tenta persuadir-lhe para que lhe examine seu cumprimento.
Cumpre mas não o faz a não ser para obter algum benefício ou prêmio material. Por exemplo, arruma seu quarto para que você lhe dê dinheiro.
Se nasce obediente ou se aprende?
Muitos pais lamentam de que seus filhos sejam desobedientes e se perguntam por que saíram assim. Alguns pensam que é questão de sorte e invejam aos filhos de seus parentes ou vizinhos, que são melhores que os seus.
Entretanto, ainda que por temperamento há crianças mais inquietas que outras, hoje está claro que a influência de fatores genéticos ou hereditários é pouco relevante no caso das virtudes humanas.


A OBEDIÊNCIA TAMBÉM SE APRENDE

Seu filho não nasce obediente ou desobediente, mas aprende a sê-lo em função dos estímulos que você lhes dá e de como reage ante seu comportamento. Para que uma criança seja obediente e se comporte de forma adequada há que ensinar-lhe a fazê-lo. Se conhecemos como devemos atuar, a tarefa resulta muito mais fácil.
Um dos defeitos mais freqüentes que se observa hoje em dia nos pais é a escassa exigência e disciplina que exercem com os filhos. Muitos pais hoje pecamos excessivamente por sermos brandos com os filhos quando:
Perdoamos os castigos que lhes damos.
Permitimos que não cumpram com aquilo que lhes pedimos.
Deixamos que acabem saindo-se com uma das suas.
Não lhes responsabilizamos pelas tarefa do lar.
Não lhes exigimos no estudo.
Como conseqüência de tudo isso, o sentido da obediência vai se deteriorando.
Não colocamos em dúvida a boa vontade dos pais, nem que fazem todo o possível para educar adequadamente. O problema está em que ninguém nos ensinou como devemos tratar ou educar aos filhos. Parece que se pensa que educar é uma ciência infusa que não requer aprendizagem.





OS PAIS DEVEMOS APRENDER A EDUCAR

Nesta vida nos preparamos para tudo: fazemos curso para aprender a dirigir, para aprender a cozinhar e inclusive quando compramos um cão lemos um livro sobre a melhor forma de adestrar-lhe. Entretanto com a educação de nossos filhos procedemos ao acaso. E ao não ter confiança em como devemos atuar nos resulta difícil adotar decisões e exercer a autoridade com nossos filhos.
Além disso, nos últimos anos esteve muito difundida a idéia de que para que os filhos sejam felizes, não devemos reprimir-lhes, mas que devemos deixar-lhes que se desenvolvam com espontaneidade e liberdade. No entanto:


A DISCIPLINA E AUTORIDADE SÃO NECESSÁRIAS PARA O EQUILÍBRIO PSICOLÓGICO DA CRIANÇA

Dêem-lhe segurança e estabilidade, dêem ordem a sua vida e ofereçam-lhe uma imagem de pais firmes e seguros aos quais pode tomar como modelos. Quando os pais se mostram indecisos quanto à forma de tratar a seus filhos, estes o captam e isso afeta a seus próprios sentimentos de segurança e bem estar. Por isso, quando os pais se mostram indecisos oferecem a seus filhos uma fabulosa oportunidade de comportar-se de forma caprichosa e desobediente.
Algum pai, por exemplo, quando seu filho se comporta mau, às vezes reage energicamente, lhe castiga, e inclusive às vezes é possível que recorra aos gritos e inclusive a bater-lhe.
Então, seu filho chora e é possível que lhe acuse de crueldade e lhe faça sentir-se culpado. Quando se sente culpado tenta reconciliar-se de novo com seu filho dando-lhe alguma recompensa para que não chore, e é possível que, quando volte a atuar da mesma forma, jogue a toalha, renuncie e brigue com ele.
Assim quando pede a seu filho que arrume seu quarto e sua roupa, que está toda jogada pelo chão, e ele se faz de surdo, é possível que lhe "dê um ataque de nervos" grite, e dê umas boas "palmadas" pela desobediência. Seu filho começa a chorar e lhe diz que não lhe quer, que vai sair de casa. Você reage recolhendo as coisas para que não chore ou prometendo-lhe alguma recompensa para que se cale. Sem dar-se conta está reforçando seu comportamento desobediente.
Pelo contrário, os pais promovem o sentimento de segurança de seus filhos quando sabem exercer a autoridade. Quando a criança sabe exatamente o que espera dela e conhece os limites e as normas que deve cumprir, quando lhe exige, sempre que esta exigência esteja acompanhada de carinho.


EM UM AMBIENTE DE EXIGÊNCIA, OS FILHOS VIVEM MAIS SEGUROS E FELIZES

Até que ponto é normal que um filho desobedeça?
A falta de obediência é um problema que se apresenta com frequência na infância e tende a desaparecer com a idade.
Na criança pequena, a desobediência é frequentemente uma forma de colocar a prova a autoridade de seus pais. Uma das primeiras palavras que o bebê aprende é "NÃO". Para autoafirmar-se.
Entre os 3 e os 5 anos, a criança entra no período sensitivo da obediência. É o momento de ensinar seu filho a obedecer. Deve ensinar-lhe a fazê-lo de forma inteligente e com liberdade, não por medo a um castigo. Para isso deverá exigir a seu filho combinando a exigência com o argumento do qual se exige a acostumar-lhe a seguir algumas normas.
Por volta dos 9 ou 10 anos, tanto nos meninos como nas meninas, costumam aparecer uma segunda fase de rebeldia. Isso se deve em grande parte a que nesta idade nasce seu espírito crítico. Este espírito crítico alcança aos pais, os quais até então tinha idealizados. A criança começa a ver seus pais com olhos críticos e a analisar suas falhas e defeitos. Os pais caem do pedestal e a criança começa a questionar sua autoridade.
Portanto, ainda que as condutas desobedientes sejam habituais na infância, há alguns casos em que poderíamos considerar que excedem os limites da normalidade, tanto por sua excessiva frequência como pela agressividade das condutas exibidas.
Neste sentido, algumas crianças padecem o que se conhece no âmbito da psicologia como "Transtornos de oposição desafiante". Este transtorno costuma começa em torno dos 8 anos; é mais frequente nos meninos que nas meninas, dentro do lar que fora dele.
Poderíamos suspeitar da presença deste transtorno quando a criança:
• Frequentemente se encoleriza.
• Discute com os adultos.
• Desafia ativamente ou recusa as petições e normas dos adultos.
• Faz deliberadamente coisas que incomodam aos demais.
• Acusa ou reprova aos demais seus próprios erros..
• É muito susceptível e se incomoda facilmente.
• Freqüentemente se mostra colérico e ressentido.
• É rancoroso e reivindicativo.
Se seu filho apresenta com frequência mais de quatro das conduta que descrevemos e comporta-se deste modo duramente mais de seis meses convém que recorra a um especialista que lhe ajude a superar este problema.
Por que os filhos desobedecem?
Entre os 2 e os 3 anos, a criança experimenta uma crise de oposição. Nesta idade, a criança descobre-se como pessoa diferente dos adultos, com possibilidades de independência, e tenta AUTOAFIRMAR-SE opondo-se a tudo. É a idade do "diga você, que eu me oponho", da obstinação, das brigas e da oposição sistemática.
Esta idade se caracteriza, portanto, pelo negativismo e a obstinação. Produz um fortalecimento do Eu infantil que leva a criança a tentar afiançar sua personalidade frente aos adulto, suas leis e suas ordens.
Uma criança nesta idade desfruta "experimentando" a autoridade de seus pais e comprovando se seus desejos podem mais que os de mamãe e papai.
Ante esta conduta, os pais não devemos preocupar-nos. A criança há de passar por esta etapa de oposição. Até necessita dela para crescer. Convém deixar passar a tormenta sem dar-lhe muita importância.
Outras criança desobedecem para CHAMAR A ATENÇÃO. Quando uma criança, pelo motivo que for, se sente pouco atendida ou pouco querida é possível que se mostre desobediente para assim reclamar a atenção de seus pais ou professores.
Por exemplo, quando os pais estão muito ocupados, quando dedicam pouco tempo aos filhos, a desobediência é, muitas vezes, a única arma que a criança dispõe para que seus pais lhe prestem atenção. Freqüentemente descobrem que a única forma para que Mamãe ou Papai lhes preste atenção é brigando ou portando-se mal.
Por exemplo, se você trabalha muito e passa pouco tempo em casa é provável que seu filho reaja ante sua ausência mostrando-se difícil. É sua forma de atrair sua atenção, de dizer-lhe "aqui estou, dê-me importância". Se você se mostra amável e compreensivo então ele logo recuperará sua conduta habitual.
Também, se os pais têm viajado muito e deixam seus filhos aos cuidados de outras pessoas, é provável que tenham observado que, quando voltam, as crianças inconscientemente se "vingam" mostrando-se desobedientes e inclusive às vezes portando-se mal.
A criança que sente CIÚMES ou INVEJA de seus irmãos pode reagir do mesmo modo mediante conduta negativa se descobre que, com estas, pode converter-se no centro de atenção.
Além disso, quando uma criança NÃO SE SENTE SUFICIENTEMENTE ACEITA por seus companheiros e professores, pode reagir mediante comportamentos indiscriminados.
Também devemos ter em conta que as crianças incomodam quando ESTÃO ABORRECIDAS. Se não lhes oferecemos estímulos suficientes elas reagirão mediante condutas inadequadas.
Por isso, nos colégios, e sobretudo quando se trabalha com crianças pequenas, se faz todo o possível para evitar os tempos ociosos já que é então quando as crianças começam a incomodar. É importante por isso que ofereçam a seu filho um ambiente rico em estímulos.
Se você, por exemplo, deixa que seus filhos passem a manhã de domingo de pijama sem fazer nada concreto, o mais provável é que eles briguem e se portem mal até você exasperar-se. É muito mais eficaz que estejam ocupados, que lhe organizem atividades. Desta forma você evitará muitos problemas.
Causas provenientes dos pais
A causa da desobediência das crianças está muitas vezes nos pais que não sabem mandar ou o fazem mal. Por exemplo, quando o pai e a mãe não se colocam de acordo no que pedem a criança, ou quando lhe pedem muitas coisas, às vezes é mais difícil que a criança obedeça.
Neste sentido, o exemplo de coerência de nossa parte resulta fundamental. Não podermos exigir de nosso filho aquilo que nós mesmos não cumprimos.


NÃO ESQUEÇA A IMPORTÂNCIA DO EXEMPLO

Se lhe exigimos que arrume seu quarto, mas o nosso está um caos, será difícil que obedeça. Se lhe dissemos que há que comer de tudo, e nós não o fazemos pode ocorrer algo parecido. O filho entenderá melhor e se esforçará mais se vê que nós também fazemos o que lhe pedimos.
Nossos filhos não nos pedem que não sejamos severos, mas que nossa severidade não seja caprichosa ou inesperada.
Também, frente a uma criança desobediente deveríamos perguntar-nos se não estamos lhe exigindo muito. Em um ambiente familiar ou escolar muito rígido, ao menino lhe resulta mais difícil ser obediente e a indisciplina pode constituir sua forma de rebelar-se.
Também o caso contrário, quando o ambiente no qual a criança se move é muito PERMISSIVO, este não pode aprender a importância de aceitar algumas normas, pelo que a indisciplina pode converter-se em seu comportamento habitual. A criança desobedece por FALTA DE HÁBITO: se no lar não existem normas ou estas são variáveis e pouco coerentes não saberá exatamente o que é que se espera dele.


EDUCAR BEM REQUER PAIS EXIGENTES

A falta de um caráter duro nos pais, a EXCESSIVA BRANDURA, assim como o desconhecimento das conseqüências que esta forma de proceder tem no comportamento dos filhos está muitas vezes na origem da desobediência.
Quando cedemos facilmente para evitar problemas, quando somos POUCO COERENTES e algumas vezes "passamos" e outras "os passamos" caindo no extremismo de uma grande exigência, quando perdoamos os castigos que impomos, nossos filhos rapidamente se dão conta de que nossas ameaças geralmente não se cumprem e se acostumam a fazer o que lhes dá vontade ignorando nossas petições.
Por outro lado, quando o pai e a mãe não estão de acordo em como atuar frente ao comportamento da criança, ou quando um dos pais muito severo e o outro mas brando, a criança aprende logo a manipular seus pais e se converte em um pequeno tirano. Os pais devem, portanto, sentar-se para conversar e colocar-se de acordo nas regras que desejam impor e as consequências que se derivarão de seu incumprimento.
Como ensinar o filho a obedecer
As chaves para prevenir a maior parte das dificuldades que podem surgir com os filhos poderiam resumir-se nestas:
• Estabelecer algumas normas.
• Motivar e reforçar positivamente o cumprimento das normas.
• Marcar as conseqüências que se derivam de seu incumprimento.
• Exercer bem a autoridade.
Estabelecer algumas normas.
Desta forma, a criança conhece o que se espera dela e sabe como deve comportar-se. A aplicação coerente de boas normas promove a ordem e a disciplina na família.


NORMAS EFETIVAS CONTRIBUEM PARA QUE SEU FILHO SE SINTA SEGURO

As normas a estabelecer dependerão de cada família. Antes de estabelecê-las convém que você observe detalhadamente a seu filho. Deve examinar seu comportamento fixando-se, não apenas naquilo que faz mal e gostaria de mudar, mas também naquelas coisas que ele faz bem. Isso pode lhe dar pistas para desenvolver nele o bom comportamento que deseja conseguir.
Na hora de ESTABELECER ALGUMAS NORMAS é importante que o pai e a mãe se sintam juntos e dediquem um tempo a colocar-se de acordo sobre tais normas. Ao fazê-lo deverão ter em conta uma série de recomendações:
As normas devem ser POUCAS: O mandar muito e mandar fazer coisas inecessárias acaba sendo uma perca de autoridade: nossos filhos se acostumam a escutar-nos "como quem ouve chover" e pensa que lhes damos ordens"apenas para aborrecer".
As ordens devem dar-se DE UMA EM UMA e suficientemente ESPAÇADAS NO TEMPO. Se você dá a seu filho uma série de ordens em cadeia, o mais provável é que a criança "passe" e faça como se não tivesse ouvido.


SER SÓBRIOS NO EXERCÍCIO DA AUTORIDADE

Portanto há que limitar a exigência a poucas coisas. O filho deve saber que, nestas coisas, seus pais vão perseverar na exigência. Devemos reservar nossa autoridade para questões mais importantes e nas outras questões apenas sugerir.
As normas e ordens devem ser, além disso, CLARAS e ESPECÍFICAS de forma que a criança saiba exatamente o que se espera dela. Devem descrever-se de forma precisa para que tanto a criança como seus pais possam determinar claramente se se cumprem ou não.


EXPLICAR-LHES BEM O QUE LHES PEDIMOS ANTES DE EXIGÍ-LO.

Se quando você sai de casa diz a seus filhos que, ao voltar, espera encontrar tudo arrumado, você não está lhe dando ordens claras. Se, pelo contrário, diz a João que deve fazer a cama, a Maria que deve arrumar a cozinha, e a Pedro que deve tirar o lixo antes das 12:00 hrs é mais provável que o cumpram.
Além disso, convém estabelecer um LIMITE DE TEMPO para seu cumprimento, já que, quando não se coloca, são freqüentes as discussões sobre quando se fará a tarefa ou se cumprirá a norma.
Se, por exemplo, decide que seus filhos deverão fazer as camas aos sábados e domingos e estabelece uma hora limite para que cumpram esta tarefa, evitará muitos aborrecimentos.
As ordens e as normas devem ser RAZOÁVEIS e adequadas à idade de seu filho: isto é, deve-se assegurar de que seu filho dispõe dos recursos necessários para cumpri-la e do tempo necessário para fazê-lo.


EXIGIR NO QUE É RAZOÁVEL E JUSTO

As ordens e normas devem ser RAZOÁVEIS. Para que a obediência se converta em uma virtude, os pais devem explicar aos filhos as razões pelas quais lhes pedem algo. A partir dos 4 anos você deve insistir, portanto, em explicar-lhe o porque do que lhe pede.
Convém, também, que lhe fale sobre o que significa "obedecer". Deve deixar-lhe claro que todas as pessoas, independentemente de nossa idade, temos que obedecer: obedecemos no trabalho, na rua, dirigindo, etc. Obedecer não é coisa de criança e eles não são uma exceção. Devemos obedecer porque é bom para nós, nos ajuda a viver em sociedade, a ser mais livres e mais felizes.
É melhor exigir POSITIVAMENTE: Muitos pais dizem continuamente a seus filhos o que não devem fazer mas não lhes dão dicas precisas sobre o que esperam deles. Não é o mesmo dizer a seu filho "Não perca tempo depois da aula" que "quando acabar a aula quero que venha direto para a casa". Se você utilizar palavras positivas estará ajudando seu filho a pensar e atuar positivamente. Assim saberá o que tem que fazer e não apenas o que deve fazer.


AS PALAVRAS POSITIVAS PRODUZEM CRIANÇAS COMPETENTES

Deveremos procurar exigir NO MOMENTO OPORTUNO. Não resultará muito eficaz se você pede a seu filho que vá tomar banho na hora que está vendo seu programa favorito, ou que tire o lixo quando está fazendo seus deveres. Comece exigindo-lhe naquelas coisas que sejam mais gratificantes para a seguir passar a insistir nas quais mais lhe custam.


REFORCE POSITIVAMENTE SEU FILHO QUANDO CUMPRE AS NORMAS

De fato, muitas crianças não aprendem a obedecer porque NÃO LHES MOTIVAMOS para que obedeçam. Freqüentemente, os pais nos esquecemos de reforçar-lhes quando se portam bem. Consideramos que portar-se bem é seu dever e que, portanto, não devemos reforçar tais comportamentos. Isto constitui um grave erro. Não devemos esquecer que, de acordo com as leis da aprendizagem:


SE REFORÇAMOS UMA CONDUTA O FILHO A MANTERÁ , SE A IGNORAMOS O FILHO A EXTINGUIRÁ

Portanto, você deve procurar surpreender a seu filho fazendo bem as coisas e elogiar-lhe. Quando você lhe pede algo e ele o faz logo ao primeiro pedido, dê-lhe um abraço e diga-lhe que está contente. É a melhor maneira de fazer com que ele o repita.
Deve existir alguma CONSEQÜÊNCIA prevista se se rompe o cumprimento de uma norma e utilizar aquelas conseqüências que forem importantes para a criança.


OS CASTIGOS PREVISTOS DEVEM SER TAMBÉM RAZOÁVEIS

As conseqüências do não cumprimento das normas devem ser consistentes: Em várias ocasiões, os pais não somos coerentes e, quando a criança faz algo, atuamos de forma contraditória. Por exemplo, se quando seu filho diz palavrões, algumas vezes você ri achando graça e em outras lhe castiga severamente, a criança não saberá diferenciar as situações e será difícil que aprenda a comportar-se de forma que interiorize as pautas de comportamentos que seus pais pretendem ensinar-lhe. Estas situações geram, além disso, desconcerto, e insegurança. Portanto, não se deve esquecer que, para que uma criança aprenda é necessário que uma conduta tenha sempre o mesmo tipo de consequências.
Tenha em conta que uma aplicação coerente da regra e um castigo suave são muito mais eficazes a longo prazo que a incoerência e os castigos severos. E lembre-se que OS CASTIGOS DEVEM CUMPRIR-SE. Não ameace, portanto, com castigos que não estamos dispostos a cumprir.
Seus filhos devem compreender que, quando livremente não cumprem uma norma, são eles próprios quem ganham o castigo. Os pais simplesmente vigiam o cumprimento das regras estabelecidas e sua conseqüências.

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TERESA ARTOLA GONZÁLEZ é doutora em Psicologia pela Universidade Complutense de Madri e Master em Educação Familiar pelo E.I.E.S (Educational Institute of Educational Sciences). Desenvolve um amplo trabalho de pesquisa e docente no campo da Psicologia Infantil e é professora da Escola Universitária Europea da Educação de Fomento de centros de Ensino. É autora de diversas publicações em sua maior parte dedicadas aos problemas de aprendizagem, sua avaliação e tratamento.
do livro Como resolver situações cotidianas de seus filhos de 6 a 12 anos

1 comentários:

Chris Ferreira disse...

Oi Mônica,
passeando pelos blogs eu cheguei aqui no seu e gostei muito.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/

 
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