FILHOS!!!



FILHOS!!!


Para o educador, os pais não têm conhecimento necessário para educar os filhos, recorrendo a erros como falta de imposição de limites e superproteção

Mesmo diante da gama de informações disponíveis os pais do século 21 ainda encontram dificuldades na missão de educar. Para reverter esta realidade, é necessário que todos os envolvidos na educação - como pais e professores - busquem formas de amenizar os problemas decorrentes da nova dinâmica familiar e da mudança de valores.

Seguindo a linha de ''quem ama, educa'', o psiquiatra e educador Içami Tiba, autor de 22 livros, faz um alerta em entrevista à Folha de Londrina: os pais não têm o conhecimento necessário para educar os filhos, recorrendo a erros como falta de imposição de limites e superproteção.

Muitos pais evitam o sofrimento e a frustração do filho, acreditando que favorecem a formação deles. Que prejuízo isso pode acarretar no futuro?

Se a gente faz pelo filho o que ele tem que fazer, estamos deixando-o 'aleijado', e no futuro ele não vai render o quanto poderia. Esse filho pode se tornar uma pessoa sem iniciativa que, além de ficar esperando que os outros façam as coisas por ele, também quer mandar. Os pais devem se tornar educadores, fazendo do filho um cidadão ético e não uma pessoa mimada e dependente.

É possível reverter uma situação dessas na adolescência? 

Desde que os pais retomem a posição de autoridade, preocupando-se em não dar ao filho o que ele não tem competência de fazer. Se não for severo e não cortar as folgas do filho, ele se acostuma a ser um bebezão adolescente e lá fora a vida não é assim.

Castigo resolve? 

Eles têm que arcar com as conseqüências: sujou tem que limpar, tirou brinquedo do lugar tem que guardar. O que não adianta é dar umas palmadas, pois depois o filho adolescente bate no pai, que tem vergonha de dizer isso aos outros. Muitos pais estão apanhando moralmente do filho, porque eles deixaram a tirania crescer e não tiveram a autoridade suficiente para educar.

Devido à correria da vida profissional, os pais têm ficado pouco com os filhos. Como isso pode interferir na educação das crianças? 

Os pais que dão computador ao filho e reclamam que não têm tempo, estão com um pé no 'jurássico', acreditando que precisam estar fisicamente presentes para educarem os filhos. Se deram o computador, devem aprender a entrar no Orkut, a fim de conhecer todos os amigos do filho. É preciso compartilhar da vida do filho. Por exemplo: se ele tiver prova no final do mês, os pais têm que cobrar se o filho estudou e pedir que envie à eles um torpedo de poucas linhas, com suas palavras, sobre o assunto da prova. Eles não precisam ficar juntos do filho para ver se ele, de fato, estudou. Dependendo do uso que se faz, o computador pode ser benéfico na relação entre pais e filhos. É possível conciliar a vida profissional com o papel de pai e mãe.

E o papel da escola, como fica? 

Se os pais acompanharem a vida escolar do filho, melhor será o estudante. O grande erro é o fato de muitos pais soltarem a educação em casa, achando que a escola vai educar. A criança educada em casa aproveita melhor a escola. Já os educadores precisam orientar os pais, que, muitas vezes, são contra a escola. Mas como eles podem ser contrários à escola que ensina o filho deles? Tem pais que querem mudar o mundo para que o filho seja do jeito que é, mas o mundo não vai mudar. É a pessoa que tem de se adaptar ao mundo. Na escola também tem que haver regras, por isso se fala em disciplina, em cidadania escolar. É preciso que escola e família eduquem junto à criança, o que chamamos de educação a seis mãos.

É possível estabelecer uma relação de amizade e respeito entre pais e filhos?

Esse negócio de amizade é algo muito falso. Dizer que os pais são os melhores amigos do filho é mentira, pois eles não saem juntos para as baladas, não fumam maconha e não ficam 'segurando vela' para o filho sair com uma garota. Pais e filhos devem ser companheiros, devem compartilhar e dividir coisas que não se faz com ninguém. Amigo é amigo. Não tem essa dos pais serem amigos dos filhos, tem que ser companheiro.

O senhor tocou no assunto de fumar maconha, dilema para muitos pais de adolescentes. Na sua opinião, qual deve ser a atitude dos pais quando percebem que o filho está usando algum tipo de droga?

Tem que reprimir. Não tem essa história de eu quero experimentar para ver o que é. Então por que não experimenta usar a roleta russa do revólver? Se o filho usar e os pais perceberem, cabe a eles controlarem para que ele não volte a usar. Se for preciso, fazer até exames no filho para verificar se, realmente, não está mais utilizando. Não tem essa de dizer ao filho: você não vai fumar porque eu não quero. Tem que justificar as razões, não utilizando preconceito e autoritarismo, mas sim conhecimento. E isso serve para outras situações também, os pais nunca devem dizer: faça isso porque estamos mandando e pronto, pois cada norma necessita de uma explicação.

Para finalizar, que recado o senhor deixaria aos pais e educadores do século 21?

O maior problema dos pais de hoje é que eles não têm o conhecimento necessário para educar os filhos. Por isso, meu conselho é: estudem. Têm matérias sobre educação nos jornais, livros. Aos educadores, digo que tem que se atualizar sempre, pois teorias existem muitas, sendo algumas até obsoletas. Ou a pessoa se atualiza ou vai continuar funcionando como profissional do passado com jovens do presente.



Conciliando filhos e trabalho Para muitos pais, cada dia se torna mais difícil conciliar trabalho e educação dos filhos.  Muitos se sentem frustrados, culpados e impotentes devido à falta de tempo para estarem junto dos filhos, por se verem forçados a entregar sua educação aos cuidados de terceiros, por não poderem participar dela e acompanhá-los mais de perto em suas atividades etc. Todos nós sabemos que os pais constituem a base na estruturação da personalidade de seus filhos. O que não se pode admitir é que essa base tenha que ficar mais distanciada deles, em conseqüência de um trabalho ou emprego.
Embora seja inquestionável que esse "abandono" repercute na formação da identificação das crianças, o certo é que elas acabam se acostumando e se adaptando, de uma forma ou de outra, a qualquer tipo de situação. É verdade que alguns sofrem a princípio, mas acabam por se habituar à rotina de sua família. Em momentos especiais, sentirão ainda mais falta,  mas infelizmente em muitos casos nada se pode fazer para solucionar essa situação.
Educação a distância
Em situações como a dos pais que trabalham fora, e por isso têm que passar o dia inteiro longe de casa e dos filhos, é preciso pensar num modo de programar momentos de encontro entre todos da família. A atitude dos pais, nesse sentido, precisa ser constante e bem planejada, já que todos os filhos necessitam igualmente do afeto, da atenção e do contato físico de seus genitores. Esse tempo  que os pais partilham com as crianças representa uma incalculável riqueza, em todos os sentidos, e para ambas as partes. Ainda que seja pouco esse tempo, deve tratar-se de uma reunião familiar na qual os pais se encontrem totalmente voltados para os filhos, demonstrando atenção e interesse em ouvi-los e escutá-los no que têm a dizer das suas experiências vividas.
Todavia, acrescentam os psicólogos que os pais devem agir com naturalidade, não como se cumprissem  uma obrigação, visto que as crianças têm uma sensibilidade tão acurada que as faria perceber a falta de um real prazer e de alegria dos pais nesses momentos, podendo interpretar a atitude deles como "não me amam", ou como "eu os aborreço", ou ainda "não apreciam o que faço". A espontaneidade nessa relação de pais e filhos é demasiado importante.
Os pais não devem se sentir culpados por terem que trabalhar. Porém devem estar, sempre que possível, no melhor e no pior, ao lado de seus filhos, brincando e conversando com eles. Se as crianças obtêm a atenção e o amor de que tanto necessitam, o vínculo afetivo com os seus genitores estará garantido, por ter sido estimulado, o que concorre para o aumento de sua auto-estima e confiança. Os filhos precisam saber que, mesmo estando longe de seus pais, deverão seguir as regras deles. Não é apenas na presença dos genitores que a sua educação se consolida.

Qual seria a forma ideal?
A necessidade de conciliar vida familiar e profissional não pode desvincular-se da idéia de corresponsabilidade na família e na própria sociedade. Devemos estar conscientes de que as pessoas devem ser valorizadas pelo que são, enquanto pessoas, e não pelo que têm.
Teresa López, decana da Universidade Complutense de Madri e vice-presidente da fundação Ação Familiar, declara, em um de seus artigos, que é tempo de se pensar em uma mudança de cultura, através da qual a família recobre o protagonismo merecido, como estrutura básica, que de fato é, de uma sociedade bem construída e equilibrada. Para isso, propõe três linhas de pensamentos, para posterior reflexão:

           1- A responsabilidade de criar filhos e educá-los é exclusivamente da família.  A sociedade, em geral, e os poderes públicos devem colaborar para que a família tenha condições de cumprir as suas funções, porém nem a eles, nem a ninguém mais compete arbitrar políticas que substituam o próprio núcleo familiar. Não se trata de estender os horários dos  colégios até as dez da noite para que as crianças "não incomodem", ou sobrecarregá-las de atividades extra-curriculares a fim de que, deste modo, mães e pais possam trabalhar sem ter que ocupar-se delas. Existe uma absoluta desconexão entre os horários de nossos filhos e os de nossos trabalhos. Não faz sentido que os horários irracionais de trabalho obriguem a prolongar a permanência das crianças fora do lar. O que é preciso é defender  e respaldar uma mudança em nossa cultura,  no que se refere ao emprego do tempo.

            2- As decisões tomadas no seio da família dizem respeito exclusivamente ao nosso âmbito privado. Se temos filhos, ou não, é uma decisão familiar, e embora deva permanecer portas adentro, evidentemente suas conseqüências extrapolam o âmbito da própria família, o que significa que existem fortes inter-relações entre as decisões que se tomam nas famílias e a própria sociedade. Uma afeta a outra, quando não  deveria ser assim.

            3- Quando se fala de conciliação familiar e profissional, normalmente se fala de políticas públicas, concebidas como políticas de mulher, pelo que estamos falhando na base. A família é uma unidade que em si mesma contribui com a sociedade muito mais do que possa contribuir a soma de cada um de seus  membros, motivo pelo qual essas políticas de conciliação devem abranger mais que os direitos da mulher, indo além e incorporando-se ao debate dos direitos de todos os membros da família, e com a mesma intensidade. A conciliação da vida familiar e profissional nunca será possível se não existir a devida co-responsabilidade, a qual exige que se valorize não somente o trabalho que a mulher assume dentro do lar, isto é, o trabalho basicamente educativo que realiza com seus filhos, mas também o seu desempenho profissional.
A sociedade irá mudando à medida que as responsabilidades estiverem convenientemente bem repartidas entre  homens e mulheres.


LiberdadeAndré Pessoa

"Independência ou Morte"... Os jovens proclamam e enfatizam este como lema de suas vidas. Vivemos procurando conquistar o nosso próprio espaço, onde possamos desenvolver plenamente as nossas potencialidades e sermos protagonistas de nosso próprio destino.
A busca da independência absoluta é uma luta que parece não ter fim. Ao nascermos éramos totalmente dependentes de nossos pais. Aos poucos fomos conquistando alguma autonomia. Aprendemos a fazer inúmeras coisas sozinhos, em um desenvolvimento psico-motor espantoso. Mas quando alcançamos o segundo grau concluímos que conquistaremos realmente autonomia se conseguirmos suprir nossas necessidades básicas por nós mesmos. E aí é que descobrimos porque nossos pais insistiam tanto de que tínhamos que ser ávidos de conhecimento. Pois o mercado de trabalho é uma selva, e só vencem aqueles que procuraram efetivamente desenvolver-se plenamente em todos os sentidos. Independência? Então morte à preguiça... e mãos à obra aos desafios que nossos mestres nos propõe.
Mas aí esbarramos em uma primeira limitação, uma espécie de autotraição. Nosso intelecto entende, mas o corpo não corresponde. A vontade é fruto da reflexão e da autodeterminação, tratando-se de uma claríssima manifestação intelectual. Tudo o que se refere à emotividade está ligado ao corpo, que se não for perfeitamente controlado pela vontade, nos faz prisioneiros de nós mesmos. Muito facilmente se confunde as necessidades corporais como sendo fruto da vontade. Veja o eterno dilema do estudante... Ele quer estudar, mas o corpo clama por um futebol ou por uma televisão.
Daí a importância do jovem se esforçar por dominar o próprio corpo. Treinar nas pequenas coisas agora, para conseguir mais tarde alcançar grandes alturas. Trata-se, por exemplo, de acordar cedo sempre, inclusive nos fins de semana, ou de beber água depois, se estou com sede agora, ou de ligar a TV somente depois do dever cumprido, ou de se aprumar já, se vem a preguiça. Aos poucos estaremos desenvolvendo pequenos e bons hábitos, em lugar dos maus. E é um paradoxo. Um bom hábito, quando incorporado, nos alavanca para outro melhor, o que nos dá uma liberdade incrível de fazermos exatamente aquilo que queremos. Um mau hábito, se incorporado, nos joga para baixo, tolhe nosso desenvolvimento global, ficamos uns tacanhos dependentes de nossas futilidades. Queremos liberdade? Então independência de maus hábitos... e morte aos apelos de nossa emotividade.
Existem outras limitações bastante sérias... as que vêem de fora. Uma pessoa de personalidade é aquela que sabe ser diferente da "turma". Às vezes não temos a impressão de que a opinião de nossos colegas tem mais peso do que os sábios conselhos de nossos pais? E não se trata somente se nos chamam de careta... mas se damos bola ao que falam de nós, ou se justificamos nossos maus atos "porque todos fazem...", ou então "porque os tempos mudaram..." Onde está a nossa liberdade se somos escravos dos modismos?
A maturidade se conquista quando descobrimos que a espontaneidade que se prega pelas esquinas nada tem a ver com liberdade. O homem é um ser social, depende dos demais para sobreviver, e se tem um mínimo de solidariedade aos demais, sabe comprometer-se. O espontâneo é um escravo das circunstâncias, não sabe traçar o próprio destino. O verdadeiro exercício da liberdade está em poder e saber escolher em toda a sua potencialidade, ao que iremos nós nos comprometer.







Temos recebido muitas perguntas sobre crianças hiperativas. Vou destacar a pergunta da Vanessa Cristina Caldeira de Oliveira que me motivou a escrever este post. Sua pergunta é a seguinte:” Boa tarde... quero saber como lidar com criança hiperativa??? Não sei como conviver... Me ajude”.
Nos dias de hoje é muito comum pais e professores comentarem sobre crianças hiperativas. A bem da verdade hiperatividade é o assunto da moda, e como tudo que está na moda é usado em demasia.
A criança “levada”, bagunceira e desobediente está sendo rotulada como hiperativa.
Criança saudável tem muita energia. Antes elas podiam correr no quintal, brincar e pular na calçada longe dos olhares atentos das mães. Voltavam imundos para casa como prova de que haviam brincado bastante. Tomavam banho, jantavam e dormiam porque estavam exaustas. Hoje, a criança fica confinada nos apartamentos onde têm que dividir o espaço com os móveis, enfeites e eletroeletrônicos. A energia saudável da criança continua a mesma e ela precisa gastar. Então ela fica pulando de um sofá para o outro, correndo em volta da mesinha de centro, até que num determinado momento cai e se machuca ou quebra alguma coisa. Então a mãe entra em ação e imagina ter algo errado com seu filho, ou seja, ele é hiperativo. 
Vejam só o contrate: A criança saudável de ontem é a criança hiperativa(doente) de hoje.
Mesmo na escola a criança não consegue “gastar” toda a energia que necessita. As escolas de Educação Infantil são casas adaptadas e na verdade não possuem espaço para correr e brincar. Elas têm que ficar sentadas na sala de aula fazendo atividades. Dificilmente saem para realizar alguma atividade ao ar livre. Se vão ao parquinho têm que ficar sentadas “fazendo bolinho” de areia. Quando começam a correr logo são desestimuladas em razão do perigo de cair e se machucar.

Então aonde é que elas vão gastar toda essa energia?
A criança para ser diagnosticada como hiperativa têm que apresentar um roll de atitudes pertinentes à hiperatividade. Para se obter um diagnóstico sério há que ser feita uma extensa análise clinica por um especialista em TDAH onde serão analisadas as características comportamentais e emocionais bem como as cognitivas.
Temos que ser responsáveis ao falar em hiperatividade.
Só para se ter uma ideia uma pesquisa realizada entre os anos de 2000 e 2004 foi contatado um aumento de 940% na venda dos medicamentos indicados para o tratamento de crianças hiperativas
Criança levada é criança saudável.
Muitas vezes o comportamento da criança está mais ligado à ausência de orientação do que a hiperatividade, O papel dos pais na educação é fundamental para o bom desenvolvimento comportamental do filho.









AUTORIDADE
André Pessoa
A autoridade dos pais é um direito natural conferido por Deus e reconhecido pela sociedade. Mas, muito mais do que um direito, é um dever ou responsabilidade que os pais contraem frente àqueles que lhes conferiram o citado direito. Esta autoridade equivale à capacidade de mandar, proibir e decidir. Os filhos serão eternamente agradecidos aos pais pelo exercício da autoridade, pois deles terão aprendido com clareza e com carinho o que é certo e o que é errado.
Há um século o estilo predominante era o do vaidoso pai mandão. Exerce sua autoridade com tal zelo, que absorve parte da autoridade da mãe, por culpa de seu forte temperamento, ou por culpa da pusilanimidade da mãe. Mas no mundo moderno é mais freqüente o inverso, o debilitamento da autoridade paterna, agravada por um distanciamento progressivo do pai do lar, quase sempre por motivos de trabalho. A ausência física acaba por provocar abatimento moral, desinteresse, abandono ou delegação irrestrita da autoridade para a mãe. Este caso desdobra-se, algumas vezes, no debilitamento duplo de autoridade, quando a mãe se ausenta pelo mesmo motivo, com delegação à avó ou babá. Um quarto desajuste possível são as ânsias, por parte de algumas mães, de posse territorial, assumindo o lar como seu feudo, buscando para si, todas as funções familiares, incluindo a educação.
A autoridade dos pais é sadia na medida em que ambos a compartilham equilibradamente e se complementam ao exercê-la. Cada um tem estilo próprio de exercer a autoridade, que deve ser respeitado e potencializado, na pressuposição de que os cônjuges se aceitam reciprocamente como pessoa, e que cada um deseja que o outro seja livre. Conflitos e disputas nesta área podem desprestigiar os pais perante os filhos e a conseqüência será o enfraquecimento da autoridade de ambos. Esta mesma autoridade permanece sadia se é educativa, adaptando-se à cada fase do desenvolvimento e amadurecimento das crianças ao longo dos anos.
O prestígio é fundamental a quem quer que queira exercer autoridade. O prestígio pode fazer de uma pessoa um líder, ou desacreditá-la caricaturescamente.
Os pais levam grande vantagem de início, pois são admirados como heróis pelos filhos. Mas os defeitos dos pais são logo percebidos, desde a tenra idade. Serão, entretanto, eternamente respeitados, se os filhos notarem que os pais lutam por adquirir virtudes do bom-humor, da serenidade, da sinceridade, da fortaleza, entre outras. O pai se faz respeitar em casa se é homem de uma só peça, se igualmente se faz respeitar profissionalmente, entre os amigos, no lazer, etc. O que prestigia um homem é a luta que trava consigo mesmo para ser melhor, para crescer, para ser virtuoso.
O homem desprestigiado perde força moral de exigir, pois demonstra não ser exigente consigo próprio. Para se fazer "amigo" dos filhos, barganha concessões... fazendo-se "carroça em vez de locomotiva".

O homem que luta por crescer interiormente não cede onde tem que ser firme, não se envaidece e nele predomina o afã de serviço. Sabe que a autoridade significa responsabilidade e muito trabalho, pois reconhece que muitos dependem dele, de sua disposição, de seu autocontrole, de sua força interior.

O homem que se coloca à disposição daqueles que dependem dele, ganha simpatia, é por eles estimado e por isso tem "autoridade".
Os pais que exercem sua autoridade na família através do serviço, fazendo-se às vezes tapete macio para estimular, e outras vezes cascalho intransigente por defender a verdade moral, dão segurança às passadas dos filhos, fazendo-os grandes seres humanos. 



Como incentivar seu filho a ler

Conheça bem a criança, os temas que ela gosta, mas tenha certeza: tem de dar opção à criança, pois quem lê, escolhe

Para o crítico André Muniz de Moura, é fundamental conhecer bem a criança, seus temas de predileção. 'Não concordo com a pessoa que diz 'não gosto de ler'. Ela ainda não encontrou o livro certo, aquele que a fisgasse'. Uma coisa é certa: tem de dar opção à criança, pois quem lê, escolhe. E é lendo que a criança desenvolverá seu potencial crítico. 

  1. Pegue seu filho e comece a freqüentar livrarias, sebos, bibliotecas
  2. Deixe os livros em acesso fácil, sempre na altura da criança. Monte o acervo de vocês em casa
  3. Estimule-a a trocar livros com os amigos
  4. Crie rodas de leitura em casa. E com 'crianças' de todas as idades - e para a vida toda
  5. Procure outras mídias ou formas de expressão, como filmes e peças de teatro, e faça links deles com a literatura 


 OS MAIS LIDOS... 
 
Beto TchernobilskyMarcelo, Marmelo, Martelo e Outras Histórias, de Ruth Rocha e ilustrações de Adalberto Cornavaca, (Editora Salamandra)
O livro tem três histórias: Marcelo, Marmelo, Martelo, Teresinha e Gabriela e Os Donos da Bola. Nelas, os leitores conhecem crianças que se deparam com reveses comuns no universo infantil, como a dificuldade de diálogo entre adultos e crianças. Os desenhos expressam a vivacidade e inocência que envolvem estas lições. 
A partir de 6 anos.

 Beto TchernobilskyOu Isto ou Aquilo, Cecília Meireles e ilustrações de Thaís Linhares (Editora Nova Fronteira)
É o único livro de poesia entre os dez mais citados. O texto de 1964 é atual e introduz a criança no jogo de palavras, no humor e na sensibilidade de Cecília Meireles, que instiga os leitores a notar, entre tantas coisas, que a vida é repleta de duras escolhas. 
A partir de 4 anos.

Beto TchernobilskyO Menino Maluquinho, de Ziraldo (Editora Melhoramentos)
Alegria, carisma e esperteza em um menino bem maluquinho que cria sol em dias de chuva, abraça o mundo com as pernas, brinca com sua sombra, canta, distribui segredos. Com maestria, o autor trata de infância, felicidade e amadurecimento. A partir de 7 anos.
Livro - LÚCIA JÁ VOU INDO - 28ª EDIÇÃO



 O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry



O narrador recorda-se do seu primeiro desenho de criança, tentativa frustrada de os adultos entender o mundo infantil ou o mundo das pessoas de alma pura. Ele havia desenhado um elefante engolido por uma jibóia, porém os adultos só diziam que era um chapéu. Quando cresceu, testava o grau de lucidez das pessoas, mostrando-lhes o desenho e todas respondiam a mesma coisa. Por causa disto, viveu sem amigos com os quais pudesse realmente conversar. 

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